domingo, 17 de abril de 2011

Morte

Vejo, ouço e leio pessoas mortas; a existência carnal nada significa e sim o legado.
Todos morrem um dia.
Uns morrem velhos, muito velhos (posso imaginar o idoso, feliz, deitado no caixão, sorrindo, pensando: -Ufa!).
Em compensação outros falecem tão jovens... É inevitável, aquela cena, a mesma que se repete cada vez que uma pessoa com menos de 50 e que você já viu pelo menos uma vez na vida morre...
Angústia... Choque... O nó na garganta... Uma lágrima que insiste em não cair... A propagação da notícia por todos os lados...
Que mórbido! Que estranho prazer é esse?!?!
Suponho que seja mais fácil falar de algo real que ficcionar algo; todas as palavras agradáveis proferidas nada mais são que vendas colocadas nos olhos da alma para tentar ignorar tanto quanto possível o mundo em que vivemos.
Nada mais belo que o canto do cisne, não importa como tenha sido a existência do pássaro. Existir é sofrer.
A despedida triunfal, multidão, velas, igreja, homenagens...

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